segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mangá

Quando falamos sobre mangá, a primeira coisa que nos vem à cabeça é um desenho colorido, de olhos grandes e brilhantes, cabelos espetados e cenas muito elaboradas.
E não é para menos; são estas características que fizeram do mangá o tipo de arte mais famosa no mundo.
Mesmo sendo inicialmente apenas a definição para “histórias em quadrinhos”, a palavra mangá acabou se tornando o estilo em si. E com o passar dos anos, seu nível de influência só aumentou, chegando ao ponto de ditar moda e hábitos. Comercialmente, o mangá já foi usado por várias marcas (um exemplo: Melissa) e é também usado como logomarca de produtos (exemplos: Tokidoki, Animob, Japan Society).
Sem que percebamos, esta arte nipônica agora faz parte do cotidiano dos brasileiros, seja pelas roupas, pela comida ou nos quadrinhos. E não irá desaparecer tão facilmente, como muita tendência relâmpago que surge por aí…



Vida de Desenhista

Não é muito fora do comum ouvir as pessoas dizerem que vida de desenhista é um “vidão bom”: sentado o dia todo desenhando e recebendo por isso.
Não é bem assim que funciona exatamente, e mesmo sendo uma profissão onde não se ouve reclamações e não se vê raiva em nossos rostos; é tão difícil e estressante como qualquer outro trabalho considerado “normal”.
O primeiro obstáculo quando se é desenhista, é que somos “self promoters”, ou seja, temos de fazer propaganda de nós mesmos e de nosso trabalho. A partir disso, conseguimos variados contatos e nos relacionamos com possíveis clientes e até mesmo pessoas de renome no ramo. Uma vez inseridos no mercado, as coisas ficam menos complicadas, mas não deixam de nos dar trabalho.
Dependendo do tipo de trabalho, esquecemos o significado da frase “ir dormir cedo” e “ter um fim de semana sossegado”; temos dores de coluna e no pulso (mas só nos damos conta delas quando não fazemos nada), comemos bastante junkie food (salgadinho, miojo, cookies, e o que mais vier que não seja nutritivo) em prol da praticidade, e claro, abastecidos pela cafeína; um elixir em nossas vidas atribuladas…
Seja embutida num copo de 750 ml de coca-cola, numa caneca gigante de café puro ou com leite, numa xícara de chá mate ou de uma cumbuca imensa de açaí; lá está a cafeína nos colocando de pé nos dando energia suficiente para trabalhar. E não reclamamos disso, muito pelo contrário… Muitas vezes adotamos esses “maus hábitos” só para satisfazer uma paixão: a de desenhar muito, dar nosso melhor ao cliente e ser reconhecido por nossa competencia. E quem sabe, sermos modelos de talento nato e de grandes conhecimentos…
É um pensamento para quem tem ego inflável, mas é um pensamento – muitas vezes um objetivo a ser alcançado. E para nós desenhistas, o impossível só ganha espaço se a gente não souber desenhar.

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